Um giro pela cozinha filipina

Um giro pela cozinha filipina!

Vamos dar um giro pela cozinha filipina?

O vasto arquipélago do Sudeste Asiático, no Oceano Pacífico, com mais de sete mil ilhas, tem uma riqueza gastronômica que misturou ao longo do tempo, a cozinha oriental, baseada na agricultura, com elementos ocidentais agregados por imigrantes oriundos da Espanha, México, Estados Unidos, Índia, Coreia do Sul e Japão. Podemos definir, então, a culinária filipina como de origem malaio-polinésia com nuances americana, europeia e asiática.

Foto: Reprodução

Os pratos foram criados usando ingredientes locais adaptados aos costumes de imigrantes e assim a cozinha filipina foi adquirindo identidade própria. As receitas vão desde preparações simples com peixe e arroz até pratos mais elaborados, como paellas e cozidos (de influência espanhola e portuguesa respectivamente).

Entre os pratos mais populares estão o Adobo (carnes ou frutos do mar marinados em vinagre e temperos); Tapa (carne fatiada curada e frita); Léchon (o porco inteiro assado); Kare-kare (cozido de carne com manteiga de amendoim); Crispy pata (pata do porco frita); Pancit (noodles); Sinigang (sopa de carne, frango ou frutos do mar com tamarindo); Lumpia (rolinhos primavera); e Leche flan (pudim de leite). Entre as bebidas, Buko shake, feita com pedaços de coco; Lambanog, um vinho de coco forte como rum; e Suco de calamansi, um tipo de limonada.

Um giro pela cozinha filipina

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Entre os ingredientes locais comuns usados na culinária estão o arroz, o coco, os peixes e frutos do mar, as carnes de porco e galinha, o calamansi (uma fruta cítrica parecida com limão rosa, muito comum nas Filipinas), saba (uma espécie de banana), manga, entre outros usados de maneira bem diferente do que habitualmente costumamos degustar. A comida filipina é menos picante do que a de seus vizinhos, como a Tailândia por exemplo.

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Os filipinos comem arroz nas principais refeições, inclusive no café da manhã. Outra iguaria irresistível – o polvoron é uma espécie de bolo seco (ou biscoito), de origem espanhola, bastante apreciada. Ainda no café da manhã são servidas as longganisas, pequenas salsichas e entre as frutas, a manga é a mais comum.Nas refeições principais, o Adobo, um dos pratos mais conhecidos da cozinha filipina, tem influência espanhola. É um cozido de carne de galinha, porco ou frutos do mar marinados em vinagre, molho de soja e temperos (‘adobar’, em espanhol quer dizer ‘marinada’).Outro prato filipino bem diferente é o Coração de banana cozido no leite de coco (Ginataang Puso ng Saging). A ponta da flor de bananeira é consumida como vegetal e fica deliciosa nessa mistura com leite de coco.

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Uma observação interessante sobre os talheres nas mesas filipinas. O uso de garfo e faca é substituído pelo garfo e colher. Isso se explica pelo grande número de guisados com caldo no cardápio culinário do país. É comum também em áreas menos urbanizadas ver os nativos fazendo as refeições com as mãos – essa prática é conhecida como ‘kamayan’.

O potencial turístico das Filipinas fez com que se destacassem e fossem reconhecidos internacionalmente, além da culinária, excelentes restaurantes e chefs. Tanto nas cozinhas do arquipélago como atuando no resto do mundo eles comprovam talento e criatividade.

Pampanga, norte de Manila é a capital gastronômica das Filipinas. Neste lugar mora um dos mais famosos chefs do país – Claude Tayag, que além de chef de cozinha é um grande artista e escritor. Ele é um mestre nas iguarias ‘Culinária Pampang’, um tipo de comida com temperos mais fortes e ingredientes exóticos, diferentes do resto de outros locais filipinos. Tayag diz que o segredo da gastronomia filipina está no equilíbrio entre os sabores salgado, doce, ácido e amargo.

Um giro pela cozinha filipina

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O Centro de Estudos de Cozinha Asiática, localizado em Manila (capital das Filipinas) é uma renomada escola do chef Gene Gonzalez. Há mais de 15 anos forma profissionais em gastronomia. O importante chef explica que a gastronomia filipina revela os sabores de diferentes pratos das mais de 7 mil ilhas que compõem o arquipélago e também afirma que o objetivo da cozinha filipina é mostrar os ingredientes no seu estado mais puro.

Vale mencionar Roland Reparejo, o chef filipino que fez muito sucesso nos Estados Unidos. Trabalhou por mais de três décadas em cozinhas norte-americanas renomadas, e, depois de aposentado, ainda se destacou como campeão de poker do WSOP (World Series Of Poker), conquistando um bracelete de ouro e mais de 80 mil dólares em premiações neste que é um dos mais importantes torneios mundiais do poker.

Outro chef filipino que ocupa atualmente as páginas das notícias é Björn DelaCruz, do restaurante Manila Social Club, Brooklyn, Nova York. Ele criou a sobremesa mais cara do mundo – a Golden Cristal Ube – trata-se de um donut com cobertura de ouro 24 quilates e champagne. O chef faz uma releitura luxuosa e nada comum para o clássico doce americano – a massa e o recheio são preparados com inhame roxo.

Foto: Reprodução

Depois de dar um giro pela culinária das Filipinas, nada mais justo do que sentir os sabores dos pratos maravilhosos do lugar preparando a receita de Adobo de Carne de Porco:

Ingredientes:

900 gramas de lombo de porco

2/3 xícara de molho de soja

2/3 xícara de Vinagre

1 folha de louro

1 cebola

Alho a gosto

Sal e pimenta do reino a gosto

1 e ½ colheres (sopa) de açúcar

Modo de Preparo:

Corte a carne de porco em cubos de aproximadamente 5 cm. Leve para a panela e adicione todos os temperos. Doure a carne em fogo alto e complete com um pouco de água fervente.

Tampe a panela, reduza o fogo e cozinhe por 30 minutos, mexendo se necessário. Prove os temperos, veja se está macia e sirva com arroz branco e legumes.

Espero que tenham gostado de saber um pouco sobre a cozinha filipina.

Até a próxima.

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Comentários

Uma resposta para “Um giro pela cozinha filipina”

  1. Excelente reportagem 🙂

    Diogo Marques
    Blog: A culpa é das bolachas! | Facebook | Instagram | Zomato

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